Não é um assunto novo. Desde que começou, em julho deste ano, a obra na RSC-287, no trecho próximo à Base Aérea de Santa Maria (agora chamada de Ala 4), têm causado transtornos aos motoristas que passam pelo local.
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De lá pra cá, o trecho recebeu melhorias. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) instalou mais placas, nos dois sentidos, alertando para o desvio e, agora, diversos cones sinalizam a faixa central da estrada, que está interditada para que toda a camada asfáltica seja retirada e refeita.
As filas de veículos, porém, continuam. Acontece que, como a pista nos dois sentidos foi reduzida por conta da obra, passar no local ficou muito mais demorado. A insatisfação dos motoristas persiste, assim como as reclamações de quem viaja de ônibus por aquele trecho.
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– Para quem fica cansado de trabalhar a semana toda, e fica mais de uma hora parado no trânsito, é muito ruim, é mais cansativo – disse Renato Menezes, 19 anos, que mora em Santa Maria, mas vai a Porto Alegre regularmente, de ônibus, para visitar os pais.
Algumas viagens de ônibus no trajeto Capital-Santa Maria, principalmente à noite, chegam a atrasar de 15 minutos a uma hora e meia, segundo confirma a empresa Planalto Transportes, que faz essa linha.
Em entrevista ao jornal, o diretor-geral do Daer, Rogério Uberti, afirmou que entende a frustração dos motoristas e passageiros, mas ressalta que não tem como fazer uma obra desse porte sem transtornos.
– Não tem como ser diferente, obra é transtorno. E é um produto que nós vamos entregar daqui a pouco. A maioria dos cidadãos do Estado estava pedindo por essas obras, que nós estamos implementando na 287. Esse é um pedido de anos, que ninguém fazia. E, agora, nós vamos ter que passar por cima desses problemas – declarou Uberti.
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O diretor ainda rebateu as reclamações dizendo que, com base no que chega ao conhecimento do departamento, o número de usuários da rodovia que está descontente não chega a ser alarmante:
– O número de motoristas que reclama é muito pequeno comparado ao número que está satisfeito com a obra.
ANDAMENTO E PRAZO
Na RSC-287, serão restaurados os 55,86 quilômetros desde o entroncamento com a ERS-502, em Cachoeira do Sul, até a ERS-509, a Faixa Velha de Camobi. De acordo com o Daer, a obra está na etapa de reconstrução da pista.
– Agora, estão investindo na recuperação do leito estradal. A obra está dentro do cronograma, nós temos a previsão de entregá-la no ano que vem. E tenho certeza que vamos conseguir entregar a tempo – garantiu o diretor-geral do departamento.
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Até o segundo semestre de 2018, o Daer planeja ter substituído as camadas de base e renovado completamente o revestimento de toda a pista com asfalto quente e polímero.
– Adotamos uma solução que aumentará consideravelmente o desempenho do pavimento. Trata-se de uma rodovia com trânsito intenso, inclusive, de veículos de carga. Por isso, utilizamos um material mais resistente – disse Uberti.
A obra na RSC-287 faz parte do Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema), executado pelo governo do Estado. O Crema planeja melhorar as condições de 251,26 quilômetros de estradas pavimentadas na região de Santa Maria e Cachoeira do Sul.